segunda-feira, 16 de julho de 2007

As palavras ardem dentro de
mim mas já não me queimam
(são chama débil)
qualquer tentativa de reacendê-las
por completo é infrutífera
mas o fruto verdadeiro
amadurece lá em casa
não como os abacates e seu silêncio verde
amadurece com um sorriso
(aceso na luz do dia)
nos lábios
e com uma ferrenha vontade de vida
(morde a vida
e meus dedos
e meus joelhos)
minha filha
esta poesia/processo
que corre
ri
mija
chora e
dorme com seus macacos
coelhos
bonecas
e sonhos
uma poesia para o futuro
um poema que talvez não veja concluído
mas que se inicia e se conclui em si mesmo
Que paixões despertará este poema vivo?

Que poesias despertará?
A mim basta o que hoje desperta: as palavras que ardem
dentro de mim.
Fora de mim arde sua presença
ESTHER

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